sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Autopsicografia de Fernando Pessoa(s)


O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

P.S.: Encontrem a análise deste poema e percebam o seu signifcado. Eu... AMEI!

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